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Mostrando postagens de julho, 2021

Manobra de Recrutamento na SARA

Manobra de Recrutamento      A manobra de recrutamento (MR) consiste na elevação sustentada e transitória da pressão intrapulmonar que, em teoria, provocaria recrutamento de regiões não-aeradas (regiões pulmonares colapsadas)         A principal indicação para manobras de recrutamento reside na resolução do shunt , que pode ser provocado por atelectasias, resultando em hipoxemia e um comprometimento da oxigenação e da ventilação. Essas atelectasias são encontradas em até 90 por cento dos pacientes que recebem anestesia geral, e que não tenham nenhum comprometimento pulmonar prévio. A atelectasia de reabsorção geralmente aparece alguns minutos após a indução da anestesia. E geralmente ocorre pela pré-oxigenação com um alto nível de FiO2. Associado a anestesia geral, podemos ter a introdução dos relaxantes musculares, que provocam compressão das bases e das regiões pulmonares dependentes da gravidade. Isso resulta em um aumento da pressão pleural. Quando a pressão pleural excede a pressã

Fisioterapia na Capsulite Adesiva

 Ombro Congelado: O Papel da Fisioterapia      A capsulite adesiva (CA), frequentemente referida como ombro congelado , é caracterizada por redução da amplitude de movimento da articulação glenoumeral ativa e passiva (GH) inicialmente dolorosa e posteriormente restrita, com recuperação espontânea completa ou quase completa em um período variado de tempo.      Embora muitas doenças do ombro envolvam dor e perda de movimento, o ombro congelado é mais frequentemente causado por inflamação dos tecidos ao redor da articulação. O tecido que envolve a articulação,e que a mantém unida, é chamado de cápsula. Normalmente, a cápsula tem dobras que podem expandir e contrair conforme o úmero se move para várias posições. Em um ombro congelado, a cápsula inflama e cicatrizes aparecem. As formações de cicatriz são chamadas de aderências. À medida que as dobras da cápsula ficam cicatrizadas e tensas, o movimento do ombro fica restrito e o movimento da articulação torna-se doloroso.      Sintomas     

Exercícios para Prevenção de Quedas

 Risco de Queda      Conforme  definição  do Ministério da Saúde,  queda  é o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, com incapacidade de correção em tempo hábil, provocada por circunstâncias multifatoriais, resultando ou não em dano.  Lesões relacionadas a quedas podem ser fatais ou não fatais, embora a maioria não o seja.           Alguns estudos prospectivos indicam que 30% a 60% da população da comunidade com mais de 65 anos cai anualmente e metade apresenta quedas múltiplas. Aproximadamente 40% a 60% destes episódios levam a algum tipo de lesão, sendo 30% a 50% de menor gravidade, 5% a 6% injúrias mais graves (não incluindo fraturas) e 5% de fraturas. Destas, as mais comuns são as vertebrais, em fêmur, úmero, rádio distal e costelas. Cerca de 1% das quedas leva à fratura do fêmur. Quem está em risco?      O risco de queda em idosos geralmente está relacionado a uma combinação de fatores, incluindo: Problemas de equilíbrio e / ou caminhada. O

Ventilação Mecânica - Disparo, Limites, e Ciclagem.

Ventilação Mecânica Básica      Alguns parâmetros ajustáveis no ventilador mecânico são necessários para promover o início da entrega de fluxo ao paciente (disparo), o fim da fase inspiratória e início da fase expiratória (ciclagem) e manter o controle sobre as principais variáveis, como fluxo, volume e pressão (limite).  Disparo     O disparo do ventilador determina o início da fase inspiratória. Este disparo pode ser a tempo, fluxo ou pressão; sendo esses dois últimos apenas presentes quando o paciente mantém seu drive respiratório. Portanto, quando há alguma variação no fluxo ou pressão, o ventilador identifica estas perturbações e, caso alcancem os limiares previamente estabelecidos, o mesmo fornece fluxo de gás ao paciente. Caso o paciente esteja completamente sedado, sem presença de drive respiratório, ou seja, incapaz de produzir força muscular inspiratória, o ventilador é disparado a tempo que é ajustado pela frequência respiratória. Assim, caso o paciente se encontre nesta sit
  O uso da Ventilação Não Invasiva Durante a Pandemia de COVID-19             Na prática clínica de rotina, a ventilação não invasiva (VNI) é comumente utilizada em pacientes que não são candidatos à intubação orotraqueal (FRASER, 2020). Comumente, estes pacientes são acometidos por patologias que apresentam altas taxas de sucesso quando manejados de maneira não invasiva como, por exemplo, pacientes internados por uma exacerbação da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou por edema agudo de pulmão (EAP) quando a causa é de origem cardíaca.             A duração da VNI, nestes casos, é breve e a não resolução do quadro dentro de algumas horas, mesmo com a modificação dos parâmetros, indica um mau prognóstico. Custa lembrar que a VNI é uma terapia de suporte e necessita ser utilizada de maneira adjuvante a algum tratamento farmacológico eficaz, por exemplo (FRASER, 2020).             O uso da VNI em pacientes acometidos por pneumonias sempre foi objeto de estudo, contudo, os